Do meu eu

Sou um diário sem chave
A verdade estampada em meu rosto
Um livro aberto
Que para ser compreendido
Basta a paciência do leitor
Para interpretar as entrelinhas
As paredes brancas do quarto me sufocam
O teto quer desabar sobre minha cabeça
A qualquer momento
Enquanto me embriago de tédio
No balançar da rede
Os movimentos repetitivos pra lá e pra cá
Renovo meus pensamentos
Tentando criar uma preocupação
Que possa prender minha atenção
As grades da janela – minha cela
Presa dentro de mim mesma
Não tenho vontade de querer nada
A impressão que apagaram tudo de mim
Ah! Vida
Vai ser preciso me ensinar de novo
Das sensações.

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