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Mostrando postagens de outubro, 2020

Isso aqui ainda é o meu lugar de paz

Ainda consigo encontrar conforto nas linhas que escrevo, talvez eu seja apenas um fragmento mínimo da pessoa que era quando comecei a registrar minhas agonias aqui, o meu lugar de paz tem audiência, mas isso não me abala, por mais que as vezes me dê a sensação de nudez não consentida, porém sentida com cada pelinho do meu corpo. A pandemia revelou meu novo (a)normal, ela sempre esteve comigo, ignorá-la é exaustivo. Tenho dois papéis timbrados provando que não sou tão burra assim, não sei explicar nem pra mim, porque de alguma forma eu teime em acreditar que minha cabeça é só um campo vazio e se tento abrir pra enfiar qualquer coisa ela vai explodir. Eu não sei mais de nada, nem o reconhecimento tardio me traz conforto, pedidos de desculpas, o que eu fui há três, dois anos atrás, ficou tudo lá... nesse tempo perdido, parece que eu estava vivendo por antecipação os acontecimentos de agora, não tenho como gastar uma coisa que já vivi, de novo antes da hora. Nunca tive vocação pra ser boa