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Mostrando postagens de maio, 2010

Falta de ar

Eu preciso de ar, a rotina me sufoca, tua ausência me sufoca, o teu silencio me devora, nem parece que sou mais eu, eu devo ter me largado em alguma esquina, em algum canto e agora não consigo mais achar, mas estou sobrevivendo aparentemente. Estou criando uma atmosfera, juntando os caquinhos, construindo um mundo novo, respirando bem fundo, contando até 1000, pra viver mais, porque eu não quero chamar a morte, que ela só venha quando for a hora certa, passei a dormir mais e procurar você nos sonhos e nada de você aparecer neles, era o meu alento, o meu consolo, ouço a chuva lá fora, ponho a mão no peito pra ver se o coração está batendo, se ainda há vida nele, parece que ele se foi junto com o meu eu – perdido. A canção diz: Oh! No what this?[Oh, não o que é isto?] A mesma pergunta que me faço com freqüência, quando isso vai terminar, os desejos que não me saem da cabeça que estão relacionados a você, me dá vontade de sair correndo e gritando no meio de todo mundo, me expor, sem medo

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A gente teve o nosso “tempo” de sermos um do outro, e fomos de certa forma, diferente dos demais, não foi aquela coisa de toque, de gesto, foi um encontro de gostos, de nos acostumarmos com o jeito de ser, com a maneira de viver, de trocar experiências sobre a vida, foi só um entusiasmo sem compromisso. *Quando só falar não adianta, uma música se encarrega de expressar tudo que está guardado.

O não-dito

As palavras que nunca sairam da boca Se um dia tudo fosse dito Seria em forma de canção... [/as que expressam os sentimentos da alma] Essa seria a canção que eu cantaria até o fim dos nossos dias Sem medo algum de parecer ridícula É o meu inconsciente gritando Que não te esqueço.

Você me achou ( you found me)

E você me achou, quando eu menos queria ser encontrada Pra que você apareceu? Só pra me fazer sentir sensações Que outrora já havia me libertado E depois você sumiu Sem me dar satisfações Sem repostas Sem mensagens Sem o até logo que eu merecia Na incerteza se você voltaria algum dia Fiquei a te esperar por um tempo Mas desisti Me perdi de mim mesma E me enchi de uma falsa esperança Que todo dia me invadia Quando eu entrava naquela sala Hoje são só lembranças inofensivas Não me lembro do tom da sua voz Não me lembro do seu jeito Nem do teu olhar Você não vai aparecer Respiro fundo e me acalmo Fico no meu canto Estou salva de você.

Descartáveis

Um copo de plástico Um homem másculo O copo é fácil de amassar O homem precisa dos amassos de uma mulher Um pedaço de plástico Um pedaço de gente Os dois são usáveis Pra usar por uns tempos Ou que seja só por um momento Quando não servirem mais O copo vai pra lata de lixo O homem vai pra lixeira do coração Sejamos práticos Todo mundo já usou um descartável. Descartáveis** faz bem pro meio ambiente e até pro coração!

20 de Março

“O fundão de uma sala, aquecedores e abraços que surgiram no meio do ano”. Jôzi Araújo O fundo de uma sala, uma nova presença e o abraço que eu nunca ganhei, ele surgiu no meio do ano, quantas vezes eu repudiei aquele dia, um novo sentimento em vista com a loucura e a ternura de quem guarda um segredo mortal, mas morre-se de outras maneiras e até de ódio que entristece profundamente, encontrei no colo de amiga que sempre está ali do meu lado, o apoio na situação mais constrangedora que eu havia passado desde então – um ataque de choro, ao dizer que as coisas mudam, que amanhã já nem vai doer tanto assim, ela tinha toda razão. Sinto que toda aquela avalanche de sentimentos confusos e insanos se foi, igual a uma tempestade, que em um curto período de tempo fez estragos e depois passou, deixando a calmaria. Só me restou aceitar o teu “desaparecimento” que me cura a cada dia, essa é a melhor parte, não vou te ver amanhã, a sensação de ter te visto com olhos de amor vai passando e ficando m