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Mostrando postagens de 2014

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Eu tenho tanto a dizer sobre o que foi e o que não foi durante o fatídico 2014, que em um só post jamais seria suficiente, e a teoria do "o que não te mata te deixa mais forte" é só mais uma das mentiras que dizem por aí...Não vou pontuar todos os detalhes, mas saber que ainda faltam três dias pro ano zerar, pra roda girar mais uma vez, pra gente fazer planos, e renovar as esperanças de que tudo vai ficar bem só tem o poder de me fazer ficar com o pé atrás - E se nada mudar? Eu vou ser a primeira a querer pular do expresso 2015 sem escalas pra lugar nenhum. Há muito o nó na garganta era a sensação do momento, a tendência pro inverno piauiense que nunca vem, tirei do armário a falta de amor próprio, fiz vítimas, fechei a cara e o coração, tá tudo tão abarrotado no pequeno espaço que de vez em quando tudo ganha vida e sai sozinho, sem consulta ou bilhetinho de aviso na geladeira.Eu saí de mim pra passear e ficou dentro do meu corpo o medo de me atirar e até aquilo que devia

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Eu queria lembrar de nós sem que o meu corpo se manifestasse em suspiros, o cara por quem meu coração já bateu feito bateria de escola de samba só existiu no meu imaginário, e despido de toda a idealização radiante, fui cega a procura de uma luz que os olhos te enxergassem da maneira que tu é: um belíssimo filho da sua mãe.

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Eu trapaceio o tempo de todas as formas possíveis da minha maneira de te encaixar em qualquer minuto livre do meu dia. O clima fez um outono de mentira, tem umas folhas secas encobrindo a grama verde, camuflando a vida nova que nasce do chão, no meio dos escombros existe esperança, mas é que eu nunca deixo a sensação me invadir. Falo pra quem não existe, recito minhas queixas pras paredes, pedras, cadeiras vazias, qualquer objeto sem vida, pois dali não vai sair nenhum julgamento. Não busco respostas, se estou certa ou errada em ser do jeito que sou. Fui interpelada no dia de ontem sobre estar só, e eu nem havia me dado conta até então que talvez eu permaneça assim até o resto dos meus dias, eu desejo que sejam bem poucos.

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De alguma forma eu queria que você fosse embora de mim junto com os últimos minutos de Outubro. (...)

Camelos Atarde (ficção)

Seus pés percorrem um caminho automático em busca do café e do cigarro da tarde. Sinto lhe informar que tenho feito planos pro futuro que jamais cruze nossas vidas, eu só vou te ver passar pelo corredor, enquanto figuro entre as outras peças sem vida.

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Entre lutar ou sofrer, adivinha o que eu escolhi?! (...)

E como está tua vida?

O piloto automático foi acionado mais vezes do que o normal, a tristeza viajou, passeou por outros corpos e deu o ar de sua graça no fim da tarde hoje, tenho renovado as olheiras do meu rosto especialmente essa semana em que tudo mais uma vez virou confusão na cabeça e no coração, são dois irmãos que dificilmente irão se entender. Tenho tentado me desvincular do calendário que faz contas imprevisíveis, milhares e milhares de dias somados resultaram em cinco anos, e quem se importa? Fico apostando minhas poucas fichinhas em relações que dificilmente consigam sobreviver até o fim do mês, talvez não durem o tempo que eu uso pra gastar meu pequeno salário de professora. Mas nem estou afim de nada ~ duradouro ~ mesmo. Descobri o quanto sou apaixonada pela minha liberdade. Is this it.

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Ter que conviver com o fato de que eu sou a verdadeira culpada pela minha atual situação é uma dor que não passa. E essas coisas que acontecem são como um tapa na cara que serve para eu despertar desse ‘coma’, pra perceber que andei usando mal meu tempo.

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* Se o amor é chave Eu sou aquele cadeado quebrado. *

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Já li, escutei falar, que o futuro é um lugar onde a gente deixa coisas pra trás. Mas nunca vi alguém viver tanto tempo lá, agarrada com unhas de dentes ao que já passou. Devo ser a exceção. Tenho medo do futuro chegar mais um vez e nada ter passado.

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* Nunca é pela felicidade geral da nação, é por mim mesmo Sempre foi e sempre será. *

Agenda

06.08.14 22:49 - Pensar em nós.

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 * Se o amor enfim morrer Vai ser de morte morrida Por que eu não consigo matar. *

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* Lo que sucede, es que cualquier día me voy olvidar de ti. *

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* Andei tomando doses cavalares das tuas dores Estou sob o efeito da droga Pra sentir que de alguma forma Eu tô aí do teu lado Compartilhando tudo. *

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Talvez seja o início da madrugada sem expectativa, talvez seja o ar que não me traga nenhum pressagio, tudo parou e ao que tudo indica vai continuar assim. Eu não amadureci, mesmo que todo mundo diga, até façam oba oba, ainda sim, cá comigo ainda me sinto a mesma inconsequente dos anos anteriores. Eu nem vi quando a "mudança" se instalou, reconheço tem coisas que não faria novamente, a falta de coragem jamais suportaria tal ousadia. Estou estranhamente mais forte sentimentalmente, e isso sim, é capaz de me assustar, no curso natural da vida essa calmaria não seria possível, mas aproveito o momento, tenho consciência dessa condição, pois quando acabar eu vou lembrar desse momento com toda saudade. 

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A cada dia que passa eu só reforço a certeza de que eu nunca deveria ter crescido, fiquei lembrando durante essa interminável semana que por mero acaso segue se arrastado e transformando esforços em frustrações, mas continuando... Não sei o que estava fazendo há exatamente 20 anos atrás, só me recordo de ser imensamente feliz como eu nunca fui desde que cheguei a "idade adulta", tenho a certeza de que aproveitei cada segundinho daquele precioso tempo, em que a minha única preocupação era não perder o desenho animado matinal. Não consigo mais discorrer sobre, tá me dando uma tristeza, vou parar por aqui.

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Que todas essas luzes se apaguem, que esse ônibus ande pra trás, quero estar no lugar que acabou de se perder de vista. Parem as máquinas! Mundo para de girar, me deixa quieta aqui. Eu nunca pedi nenhuma mudança. Quero me ver naqueles olhos mais uma vez. Quero um porre pra chorar todas essas mágoas. Quero resolver todos os problemas com uma única reclamação. Eu queria mesmo um pouquinho de paz.

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* Segura a minha mão Me acompanha Pra gente suportar juntos Todos esses domingos *

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Hoje estou muito negativa, o meu humor não está ajudando, vou culpar você por isso também, tu já tem tantas culpas comigo que uma a mais não vai te deixar pior.

Segunda-feira

Enquanto tropeço nas incertezas de um futuro não muito distante, que a qualquer momento vai me devorar eu sei, vejo a reprise dos acontecimentos dirigidos pelo acaso, mochila posta no braço direito visivelmente mais forte, a falta proposital de cabelos, calça jeans e camisa preta, dando sinal pro ônibus. E quanto a mim o coração só queria parar de bater ou se batesse fosse descompassadamente, me deixando a perigo. Só vejo que estou a margem, não comprei ingresso pra entrar no teu mundo, sou persona non grata, sou uma placa luminosa de PARE, mim ser um E.T. Os gritos de socorro não saem da garganta, os meus olhos estão secos que lágrima nenhuma desce, a circunstancia me faz guardar a dor pra mais tarde, quando não houver platéia pros meus dramas, eu continuo no olho do furacão, e concluindo que não aprendi nada com os meus erros, essa aparição vai ser prolongada por dias, pra me deixar pior. Te vejo seguro, mais bonito, mais vivo, mais e mais... Logo agora que tenho tentado esquece

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* Te vejo em alucinações E te escuto naquelas canções Preciso me desprender do suvenir Preciso parar com tudo E acompanhar o tempo. *

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* Tenho medo de nunca perder o costume dos dias frios...  Em que eu desejo tua pele pra ser meu cobertor. *

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A chuva forte que cai do céu batiza o fim da semana ruim, a tristeza se instalou nos meus dias e nada foi capaz de expulsá-la só tive a opção de aceitar com dignidade, sofro pelo que não vejo, não sinto, não sei, a incerteza do mundo me apavora com a possibilidade do que possa  acontecer amanhã. Queria uma chave pra fechar meu corpo aberto, são tanto sinais pra decodificar que eu me perco, a busca por qualquer resposta se torna uma saga, a sensação que tornei um alvo pronto pra ser atingido por uma bola de curva, sem tempo pra levantar de novo. Acho que sofro de infelicidade crônica, gasto horas listando o que não vai indo bem, sou um estacionamento vazio, é um espaço grande pra preencher, eu olho pros lados e não vejo nada, rememoro os dias em que teve alguém pra carnavalizar dentro do meu peito.  Não faço sentido nem pra mim mesma. Preciso de alguém disposto a me traduzir.

"FELIZ ANO NOVO"

Janeiro, esse mês de investimentos místicos, preces pra que o ano começasse da maneira mais digna e satisfatória possível – tudo mentira. A energia dos primeiros dias do ano novo pesou, foi errado, foi bipolar, foi passado batendo na porta pra assombrar, abriu o portal pra que pessoas que ficaram lá nos anos 90 aparecerem de novo, foi reviravolta. Sem contar a estranheza dos dias, os arrepios no corpo, dessa minha maneira de sentir tudo a flor da pele, o tempo quis passar feito tartaruga. Janeiro foi um ano inteiro disfarçado de mês. Me sinto sobrevivente, passei por uns maus bocados, e estar digitando as impressões desimportantes me deixou com a sensação de que o tempo ampliou os elementos do meu mundo pra enfim reconhecer, de que as coisas se ajeitam de uma maneira que eu realmente nunca vou entender. Feliz tudo que a vida pode me trazer, ou simplesmente jogar no meu colo. Feliz próximos meses do ano par, em que eu teimo em enfiar na cabeça de que a combinação

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* O ministério da saúde Devia lacrar meus sentimentos Me proibindo de me apaixonar Pro meu bem Pro teu próprio bem. *  

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* Tua repentina aparição Tem poderes medicinais Descongelou meu coração *  

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 * Eu podia parar de tentar sobreviver a tudo e só viver como todo mundo faz. *

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 * Onde a gente tira A carteira de habilitação Pra felicidade? *

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O mês anda se perdendo na imprevisão meteorológica da cidade, janeiro perdeu a identidade, tem cara de gente desconhecida, parece que é a primeira vez que presencio um janeiro na vida, chove, faz sol, chove, faz calor, faz frio e chove, chove, chove, pro sol amanhecer a pino e terminar o dia encoberta na cama pelos lençóis. A vida inteira entrou num limbo e tudo está preso, não vai e nem volta. Eu rezo e peço proteção a Deus pra atravessar a fase que se instalou sem ninguém perceber. Tem uns versos encravados no meu peito: 'Não fica pronto nunca Não há final feliz Não há razão pra desespero Ouço o que o silêncio diz Não tem roteiro certo Não espere um gran finale Tão pouco espere amiga Que a minha voz se cale' ... *Ouvir: Tchau radar - Humberto Gessinger