Oi, Saiba que sinto saudades, você não me conhece e eu tampouco a você, sempre ansiei sua chegada, me preparei a vida inteira pra que o seu lugar fosse ocupado, já pensei muito a respeito, talvez de tanto pensar nos últimos tempos quase tenha esquecido a atividade, penso em você como alguém cheio de verdades que dispensem uma contra argumentação, que rompe a minha natureza pelo simples fato de você ser você. Hoje eu ouvi de novo aquela música depois de anos, em que fala do medo de não te reconhecer, é uma sensação muito estranha, penso que esse encontro esteja marcado num outro plano, mas isso não me apavora, apenas exige de mim um pouco mais de paciência. Fotografia de uma ausência sem rosto, sem nome, sem cidade natal, o ponto de encontro fica na localização do meu coração, é onde você existe só pra mim, das poucas certezas que trago da vida é que meu olhos vão te identificar de imediato, espero que aconteça o mesmo da sua parte e o universo nos proteja até lá, essa carta ...
Data festiva, os familiares se reunem e enquanto a hora não chega, vou ler um livro, escutar as canções batidas de todos os dias, ligo a tv, o filme parace ser bom me sento e decido assisti-lo. Amanhã é 24 nos últimos anos eles foram iguais nas minhas lembranças, com minha querida Vó e meus estranhos parêntes, eles se dividem por afinidade pois afinal de contas, na vida é legal ter com quem identificar-se. Queira que esse ano fosse diferente, no fundo o que me faz falta é alguém pra me beijar na testa e dizer FELIZ NATAL, sendo gesto de carinho, ele ainda não chegou. "Ah! meus natais depressivos"
Hoje eu vi a morte sentou do meu lado e me olhou profundamente, dei um breve suspiro por um instante pense que pudesse ser o último de minha breve vida, assustada fiquei quando parecia ter chegado a hora, fechei os olhos depois os abri pois não chegara meu dia – ainda bem.
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