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Uma carta pro homem de ombros largos

Eu sempre gostei dos teus ombros por serem largos, quando me lembro deles associo a força, na minha cabeça, os mesmos ombros seriam capazes de suportar qualquer fardo que eu pudesse jogar em cima deles. Sei que tenho jogado toda minha amargura, raiva, revolta, que tenho em mim, pois se não o fizer, não colocar pra fora, isso vai ser capaz de me matar, mas os seus ombros continuam se equilibrando, não importa quão grande seja o peso que eu continue jogando em cima deles. Fui possuída pelo veneno da rejeição, ele quem tem falado por mim, digitado as piores coisas pra se ler, não consigo interpretar nenhum papel, você não é o primeiro a me repreender por ser eu mesma, de um jeito que ninguém deve estar acostumado, das poucas coisas que gosto em mim, uma delas é a de mostrar o meu formato mais cru, sem filtro, desprendida de julgamentos, até dos seus. Eu te vi me julgando, esse acontecimento provocou uma revolução em mim, me fez refletir sobre o que tenho representado na tua vida de

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Eu queria ser alguma coisa diferente pra você, alguém diferente, alguém que simplesmente esteja pra você. Eu tô tentando fazer com que você seja, alguém que você não pode ser pra mim. Eu sei de todos os prós e a infinidade de contras. Eu te dou todas as armas pra usar a seu favor, e você mal sabe segurar, muito menos o que fazer com o arsenal. Eu entro em desespero, mergulho na culpa de não saber o que fazer com esse poço cheio de amor, Você olha pro poço, enxerga quão profundo ele é. Eu no seu lugar teria medo. Eu no seu lugar mergulharia enfim, pode ser muito bom, mas não posso te dar garantias. Eu tô olhando demais pro futuro que talvez nem chegue, ou estragando qualquer possibilidade de construir um futuro. Que seja só seu e meu.

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* Se tu soubesse como me dilacera o peito  Que eu estou sempre a ponto de remendo Tu não diria que não tenho nada por dentro Nem mesmo coração. *

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* O tempo tem pressa demais Quando a gente não consegue correr Eu fiquei gritando socorro Pra você, que não me vê. *