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Mostrando postagens de novembro, 2012

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Vida que segue ela me sugere dias melhores (...)     

Pra mãe

Sinto saudade do teu colo, dos teus conselhos, das manhãs onde o resto do dia era incerto e a gente só tinha olhos pro dia seguinte, pros próximos anos, fazendo pensamento positivo, lendo trecho de algum livro, música, que parecia ter descrito nossos sentimentos. Dos segredos contados uma pra outra debaixo dos bambús, do teu medo quando eu dizia que pressenti que alguma coisa ia acontecer, tu se assustava e pedia pra eu parar, que eu rezasse pra me afastar de todo o mal. Pra qualquer coisa a cura é o nosso plano de fuga... Barcelona, Buenos Aires, Londres, Japão ou Recife. Me pariu e disse que eu vou ser escritora, se ela diz não posso discordar. A inspiração: Jôziane.

Calendário

O final do ano se aproximando, como de costume já comecei a fazer contabilidade de todos os acontecimentos do tal ano apocalíptico. Tenho um dez monográfico, conclusão da graduação, e uns poucos amigos novos. Confesso fiz uma lista de metas, o planejamento multiplicou as minhas expectativas em mil, me serviu pra me frustrar e carimbar com um selo mediano de qualidade o 2012. Completei metade da lista, só não sei se me orgulho de ter realizado uma parte ou sento enrugo a testa de irritação por não ter sido ninja de ter feito tudo o que eu mesma me propus a fazer e ter, os que dependiam somente de mim obtive êxito, mas aí está o calcanhar de Aquiles da questão: nem tudo depende única e exclusivamente só de mim. Me dá nos nervos, quebro minha cabeça tentando ser o mais independente possível dos outros e volto pro mesmo lugar, eu vou sempre precisar de alguém, mamãe me fala isso, minha irmã me fala isso, todo mundo me fala isso. Por um ano com apenas dez meses, teremos menos dias

Em um único tom

Ontem eu fiz o que faço de costume ultimamente, do computador pra rede e vice versa uma rotina excruciante eu sei, mas é o que temos até Deus sabe quando. Escrevi um pouco e depois de ler o texto adicionei-o a lista de impublicáveis nesse blog a tag #saudade aparecia diversas vezes. Não é segredo o fato da saudade, me assusto ainda com a velha novidade. O tempo operou umas poucas mudanças e a parte nova de mim ainda cultua coisas velhas. O agora não vai interferir quem eu vou ser no futuro, só não sei explicar porque deixo o passado conectado 24h no meu presente, esse presente sem fita e sem embrulho em que você simplesmente não existe e mesmo assim tem o seu lugar.    

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A chuva foi rápida, mas o pingos leves que caíram do céu como pequenos pedaços me deixou pensativa, comparo os pequenos pedaços vindos do céu com caquinhos meus... Juntar as peças de mim e colar é um artesanato irrealizável, elas se perderam nos dias, meses e anos. Lembrar se tornou uma dor, mas não é saudade, na minha história aqueles dias fazem parte das páginas pretas, censurado, proibido. Dezembro já está na soleira da porta pra entrar, dou um respiro bem profundo, menos um, mais um, acaba logo com isso que eu estou sufocando e não aguento mais.

Do Amor

Nunca mais a palavra saiu dos meus lábios, não só a palavra vai além da questão é a falta do sentimento dentro da minha vida, um alguém que ainda não chegou vai trazer esse amor embrulhado pra presente, mesmo que não seja para sempre, desde que eu possa desfrutá-lo durante algum tempo – pelo menos. Arrebatador ou não, construído aos poucos ou não, de uma hora pra outra ou não, de surpresa ou não, estilo roteiro de filme ou não, perfeito ou não.  Contanto que apareça.