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Mostrando postagens de 2015

(mas)

A vida devia ter ficado mais leve, mas não ficou Eu devia ter ficado mais esperta, mas não fiquei Eu devia ter aprendido com os erros, mas não aprendi Eu devia ter reavaliado uma série de coisas, mas continuo a mercê das coisas de sempre Eu devia fechar meus olhos, mas ainda olho pra todas as direções que supostamente tu possa surgir Eu devia lidar melhor com essa ausência inútil, mas ainda espero a tua presença Eu devia só tentar esquecer sem me punir, mas é que eu ainda lembro.

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* Esses banhos de água gelada Não refrescam Só desanimam.  *

LIKE CRAZY

Começa tão cheio, capaz de preencher horizontes, cria espaços onde pedaços são deixados no caminho, formando a trilha que vai te guiar de volta pra casa. E perceber finalmente que a vida te oferece novos lares, mas nenhum é igual, que isso camufla, nos distrai, enquanto o tempo não passa.

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P R A Q U E M I N H A V I D A S I G A A D I A N T E (...) Ouvir: Los Hermanos - Adeus Você*

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* De repente tudo ficou mais claro e calmo Lembro de um borrão confuso na minha cabeça  Eu desconheço aqueles momentos  Eles parecem alucinações sem nenhum sentimento envolvido. *

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O que nos movimenta não é amor, é teimosia, e muito mais da minha parte, pela debilidade de fazer com que cada pessoa que está/esteve se torne única pra mim, digo mais isso não é das coisas mais bonitas, pelo contrário traz uma carga nociva, fora de qualquer controle. As vezes eu torço pra ser menos esperta, eu sempre fecho os olhos pra o que vida literalmente esfrega na minha cara desde sempre, está errado, continuo agindo feito um carro desgovernado.

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* Eu anseio pela parte da história  Em que tu te tornas apenas mais uma página  No meio de tantas outras. *

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* Entre um cochilo agoniado e outro  Ela  sussurrava  o seu desejo  Quem sabe alguma força  maior Fosse capaz de atender o seu pedido "Que a inércia não nos devore" Cerrava os olhos  Pra paz voltar a zelar por seu sono. *

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Talvez todo esse desespero exacerbado e latente que trago no peito seja pela procura, os calejados pés já percorreram caminhos que não me fizeram sair do lugar, me vi andando em círculos ao final de cada jornada, a conclusão foi a mesma: eu não pertenço a nada, nem a ninguém. A cidade quente onde nasci e me criei jamais pode me dar o acolhimento que sempre precisei, não culpo a cidade, mas as coisas são do jeito que são, não adianta me revirar em pensamentos que tragam essas justificativas. Preciso quebrar muros, esses muros que só eu enxergo dentro de mim, a impressão é que eles estão crescendo a cada dia, tenho medo de ser engolida, preciso me libertar, pra enfim pertencer a algum lugar, a quem quer que seja. Os abrigos oferecidos não são permanentes mas aliviam, me dou ao luxo de me esconder uma vez ou outra, queria poder aproveitar mais vezes, só faço uso deles em caso de extrema urgência.  Fico lisonjeada com os esforços feitos pra que eu me sinta minimamente confortável,

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Eu quis fazer de ti a minha tábua de salvação, a cura pros males que já vivenciei, tu me propôs o que hoje eu chamo de amor sem sentimento, ou no teu caso um pouco de presença, da minha parte quis manter meus olhos abertos, me proteger sem escudo algum, manter um nível mínimo de consciência, pra quando você quisesse partir não levar nenhum pedaço meu contigo, contei tanto essa mentira pra mim que acabei acreditando.

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A palavra de ordem é cansaço, o pesar das coisas que não dependem de mim me deprimem diariamente, passei a admirar quem consegue se desfazer das pessoas com tamanha facilidade, por mais que isso venha a ser considerado uma frieza arraigada de caráter, vale ressaltar, se a atitude desperta em mim o sentimento de admiração é porque contemplo uma característica que provavelmente eu nunca consiga desenvolver. Eu gasto um tempo desnecessário em coisas que não deveriam ter uma demanda considerável da minha atenção, não sei pontuar em que momento da vida decidi me importar, mas quando percebi já era tarde demais, mesmo tendo a opção de tentar mudar de atitude, ainda não consigo perceber determinados acontecimentos, fechar os olhos e seguir em frente, se acaso parecer que não estou me importando é quando mais estou ali dentro me despedaçando justamente por me importar em excesso. Ainda bem que os dias vão encobrindo a sensação de tudo ter sido há um minuto atrás, e a teimosia de não deixa

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Nunca foi do meu feitio sufocar palavras, mas nos últimos tempos tenho evitado fazer certos registros, não quero produzir mais provas além das que já tenho na minha cabeça, elas são suficientes pra me levar de volta.

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O tempo fez com que meus sentidos fossem restaurados, eu enxergo com mais clareza, eu sinto, mas já não é um fardo como antes, a saudade se transformou em uma nostalgia, só sei pensar em o quanto foi bom. Tudo voltou a ser suportável, ainda que eu já não seja mais a mesma. Ouvir: What's Up? - 4 Non Blondes/ Pink Moon - Nick Drake

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Ainda sei reconhecer quando estar de fora é a melhor solução, mas aceitar me custa, é uma merda na verdade ser assim, não saber lidar com os meus próprios demônios, fazer das tripas um coração diariamente pra estar bem comigo mesma, pela primeira vez em anos eu tenho tentado olhar pra mim com mais carinho, fazendo pequenos esforços para conseguir alcançar as metas que faço de tudo pra nunca alcançar.

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A variedade de possibilidades nunca esteve tão escancarada como agora, e eu faço desses caminhos labirintos pela incapacidade de fazer a escolha correta, jamais fui de acertar na primeira, é certo que isso me fez aprender algumas coisas, já me perguntei várias vezes qual seria o motivo desse meu fascínio por tudo que pode me fazer mal, ao que tudo indica vou continuar pelos caminhos tortuosos, Nasci sem freio, a falta do acessório foi me mutilando com o passar dos anos, e não dá pra recuperar os meus pedaços perdidos, apesar de sentir muita falta deles.

Não deixa ela saber

Não deixa ela saber que pode conseguir qualquer coisa que almeje Não deixa ela saber que existe uma felicidade à sua espera Não deixa ela saber que tudo vai se encaixar na hora certa Não deixa ela saber que a dor vai passar Não deixa ela saber que vai ter um final feliz Mas por enquanto, não deixa ela saber.

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Tem horas que é como se eu não existisse, vejo fotos, ouço relatos, alguém me chama no portão da frente de casa, ouço um nome, meu nome, preciso de provas que certifiquem minha existência nesse mundo. A memória traz a tona uns momentos que me deixam cada vez mais confusa, será se realmente era eu ali? Os questionamentos, vários deles me assombram, me perseguem aonde quer que eu vá. Minha cabeça traça um mapa de acontecimentos todos eles interligados por um ponto que eu mal consigo identificar, as coordenadas do trajeto seguem intactos na minha lembrança, meus pés sabem o caminho de cor, mas talvez eu nunca mais volte naqueles lugares. Se eu sinto qualquer coisa dentro de mim não consigo dar nome, tudo foi remexido demais, eu desaprendi uma série de coisas, devo estar sob efeito de alguma droga bem forte, é da boa, não sinto nada.

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Tem um nó na garganta, tem um coração que parou de bater, tem lágrimas a serem adestradas e parece que agora, nesse exato momento, eu poderia entrar em um sono profundo que pudesse apagar tudo da minha memória, quando despertasse, pudesse ser eu de novo, refeita. Estou com tanta pressa de superar essa "fase" que nem me preocupo de atropelar a mim mesma na tentativa.

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* A cabeça sabe, mas quem vai se encarregar de dar a má notícia pro coração? *  Ouvir: De Tanto Amor - Roberto Carlos.

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* A menina de tanto beber saudade, morreu de overdose. *

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* Queria viajar pros teus braços.  *

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* O futuro há de ser bem mais generoso. *

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Estar comigo é um troço muito perigoso, desbravar esse terreno requer um cuidado mínimo, as vezes me faço de tempestade, e em outras me transbordo... Por mais que eu tente sufocar certos sentimentos que não fazem nenhum sentido, perco o controle facilmente, será se tu vai aguentar as partes ruins de mim? Elas não são poucas. Caso eu venha mendigar tua atenção me prende! Quero que as coisas continuem sendo as mais simples do universo, não me deixa dramatizar, não liga pra minha carência descomunal, não reforça qualquer tentativa minha de encenar o espetáculo combinado de vale de lágrimas que tenho guardado. Eu fico procurando meios pra achar algum defeito no que já está bom, apesar da minha pequenez dentro desse corpo mirrado, tenho um medo danado de crescer e te sufocar, mesmo que o ato seja (in)voluntário.

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Mundo, Eu tenho tentado viver, larguei os aparelhos e algumas manias, acionei o foda-se, espero que tu me envie um pouco de sorte, se não der esquece que te pedi isso. 

Praia

Eu queria ser praia, a capa do disco novo ainda não lançado do Cícero que me hipnotizou, olho pra foto e o pensamento de ser praia me inunda, me lança numa onda de ansiedade onde quero me afogar. Essa minha inconsequência também é praia, passa e arrasta tudo o que vê pela frente, não me sinto culpada o pior é isso, uso de cinismo exageradamente. Será se um dia a voz que tenho por dentro e grita absurdos vai se calar? Esse desespero que às vezes é latente, a ponto de bala, uma bomba a ser desativada a tempo e nem tanto... É que na maioria das vezes nem eu sei o que diabos estou fazendo, mas também não quero que ninguém me pare, queria ser praia e  ter paz de espírito pra aguentar.

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Tenho saudade do tempo em que nada podia nos ferir, daquele tempo que nós éramos feitos de metal.  (...)

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A vida bem que podia ser que nem o final de um filme francês. (...)

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Se eu perco até o ícone do mouse na tela do computador, porque eu não te perderia? (...)

Currículo Lattes

Formada em Decepção (2005), Pós Graduada em Sofrência (2014) pela Faculdade da Vida. (...) 

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2015 já fez cinco dias, cinco longos dias, cinco dias em que dormi, cinco dias em que procrastinei. E fiz, eu já gastei tanto tempo me doando em coisas vãs, que cair de pé depois de tudo não passa de uma obrigação. Preciso (até) desejar um amor novo e viver toda a montanha russa mais uma vez, só pra saber e sentir que ainda posso, que vou aguentar. Tô nessa condicional, de querer e poder, de poder e não querer, desejo só a segurança da minha cama porque o mundo lá fora pode ruir, me deixar na mão, mas meu travesseiro, meus lençóis sempre vão me manter a salvo da maldade do mundo. De repente, do alto dos meus vinte e seis, virei essa pessoa feita de uma confusão, que vive no olho do furacão, que sobe no ponto mais alto, no pico da loucura e quando olha pra baixo sente um medo danado de se atirar, pois a porra do pensamento não para, é tudo calculado na velocidade da ideia e ai de quem se atrever a entender a irracionalidade dessa conta. Ao mesmo tempo em que há uma necessidade