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Tem horas que é como se eu não existisse, vejo fotos, ouço relatos, alguém me chama no portão da frente de casa, ouço um nome, meu nome, preciso de provas que certifiquem minha existência nesse mundo.
A memória traz a tona uns momentos que me deixam cada vez mais confusa, será se realmente era eu ali? Os questionamentos, vários deles me assombram, me perseguem aonde quer que eu vá.
Minha cabeça traça um mapa de acontecimentos todos eles interligados por um ponto que eu mal consigo identificar, as coordenadas do trajeto seguem intactos na minha lembrança, meus pés sabem o caminho de cor, mas talvez eu nunca mais volte naqueles lugares.
Se eu sinto qualquer coisa dentro de mim não consigo dar nome, tudo foi remexido demais, eu desaprendi uma série de coisas, devo estar sob efeito de alguma droga bem forte, é da boa, não sinto nada.



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