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Mostrando postagens de janeiro, 2014

"FELIZ ANO NOVO"

Janeiro, esse mês de investimentos místicos, preces pra que o ano começasse da maneira mais digna e satisfatória possível – tudo mentira. A energia dos primeiros dias do ano novo pesou, foi errado, foi bipolar, foi passado batendo na porta pra assombrar, abriu o portal pra que pessoas que ficaram lá nos anos 90 aparecerem de novo, foi reviravolta. Sem contar a estranheza dos dias, os arrepios no corpo, dessa minha maneira de sentir tudo a flor da pele, o tempo quis passar feito tartaruga. Janeiro foi um ano inteiro disfarçado de mês. Me sinto sobrevivente, passei por uns maus bocados, e estar digitando as impressões desimportantes me deixou com a sensação de que o tempo ampliou os elementos do meu mundo pra enfim reconhecer, de que as coisas se ajeitam de uma maneira que eu realmente nunca vou entender. Feliz tudo que a vida pode me trazer, ou simplesmente jogar no meu colo. Feliz próximos meses do ano par, em que eu teimo em enfiar na cabeça de que a combinação

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* O ministério da saúde Devia lacrar meus sentimentos Me proibindo de me apaixonar Pro meu bem Pro teu próprio bem. *  

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* Tua repentina aparição Tem poderes medicinais Descongelou meu coração *  

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 * Eu podia parar de tentar sobreviver a tudo e só viver como todo mundo faz. *

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 * Onde a gente tira A carteira de habilitação Pra felicidade? *

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O mês anda se perdendo na imprevisão meteorológica da cidade, janeiro perdeu a identidade, tem cara de gente desconhecida, parece que é a primeira vez que presencio um janeiro na vida, chove, faz sol, chove, faz calor, faz frio e chove, chove, chove, pro sol amanhecer a pino e terminar o dia encoberta na cama pelos lençóis. A vida inteira entrou num limbo e tudo está preso, não vai e nem volta. Eu rezo e peço proteção a Deus pra atravessar a fase que se instalou sem ninguém perceber. Tem uns versos encravados no meu peito: 'Não fica pronto nunca Não há final feliz Não há razão pra desespero Ouço o que o silêncio diz Não tem roteiro certo Não espere um gran finale Tão pouco espere amiga Que a minha voz se cale' ... *Ouvir: Tchau radar - Humberto Gessinger