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Mostrando postagens de setembro, 2015

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* Eu anseio pela parte da história  Em que tu te tornas apenas mais uma página  No meio de tantas outras. *

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* Entre um cochilo agoniado e outro  Ela  sussurrava  o seu desejo  Quem sabe alguma força  maior Fosse capaz de atender o seu pedido "Que a inércia não nos devore" Cerrava os olhos  Pra paz voltar a zelar por seu sono. *

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Talvez todo esse desespero exacerbado e latente que trago no peito seja pela procura, os calejados pés já percorreram caminhos que não me fizeram sair do lugar, me vi andando em círculos ao final de cada jornada, a conclusão foi a mesma: eu não pertenço a nada, nem a ninguém. A cidade quente onde nasci e me criei jamais pode me dar o acolhimento que sempre precisei, não culpo a cidade, mas as coisas são do jeito que são, não adianta me revirar em pensamentos que tragam essas justificativas. Preciso quebrar muros, esses muros que só eu enxergo dentro de mim, a impressão é que eles estão crescendo a cada dia, tenho medo de ser engolida, preciso me libertar, pra enfim pertencer a algum lugar, a quem quer que seja. Os abrigos oferecidos não são permanentes mas aliviam, me dou ao luxo de me esconder uma vez ou outra, queria poder aproveitar mais vezes, só faço uso deles em caso de extrema urgência.  Fico lisonjeada com os esforços feitos pra que eu me sinta minimamente confortável,

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Eu quis fazer de ti a minha tábua de salvação, a cura pros males que já vivenciei, tu me propôs o que hoje eu chamo de amor sem sentimento, ou no teu caso um pouco de presença, da minha parte quis manter meus olhos abertos, me proteger sem escudo algum, manter um nível mínimo de consciência, pra quando você quisesse partir não levar nenhum pedaço meu contigo, contei tanto essa mentira pra mim que acabei acreditando.