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Eu trapaceio o tempo de todas as
formas possíveis da minha maneira de te encaixar em qualquer minuto livre do
meu dia. O clima fez um outono de mentira, tem umas folhas secas encobrindo a
grama verde, camuflando a vida nova que nasce do chão, no meio dos escombros
existe esperança, mas é que eu nunca deixo a sensação me invadir.
Falo pra quem não existe, recito
minhas queixas pras paredes, pedras, cadeiras vazias, qualquer objeto sem vida,
pois dali não vai sair nenhum julgamento. Não busco respostas, se estou certa
ou errada em ser do jeito que sou.
Fui interpelada no dia de ontem
sobre estar só, e eu nem havia me dado conta até então que talvez eu permaneça
assim até o resto dos meus dias, eu desejo que sejam bem poucos.
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