Falta de ar

Eu preciso de ar, a rotina me sufoca, tua ausência me sufoca, o teu silencio me devora, nem parece que sou mais eu, eu devo ter me largado em alguma esquina, em algum canto e agora não consigo mais achar, mas estou sobrevivendo aparentemente.
Estou criando uma atmosfera, juntando os caquinhos, construindo um mundo novo, respirando bem fundo, contando até 1000, pra viver mais, porque eu não quero chamar a morte, que ela só venha quando for a hora certa, passei a dormir mais e procurar você nos sonhos e nada de você aparecer neles, era o meu alento, o meu consolo, ouço a chuva lá fora, ponho a mão no peito pra ver se o coração está batendo, se ainda há vida nele, parece que ele se foi junto com o meu eu – perdido.
A canção diz: Oh! No what this?[Oh, não o que é isto?] A mesma pergunta que me faço com freqüência, quando isso vai terminar, os desejos que não me saem da cabeça que estão relacionados a você, me dá vontade de sair correndo e gritando no meio de todo mundo, me expor, sem medo de me olharem torto e pensarem – é mais uma louca no meio de tantas, mas talvez eu continuasse do mesmo jeito, sozinha a me lamentar.
Quero ir de encontro com a alegria, dar risadas, um copo de vinho cairia bem, ou compartilhar bons momentos com os amigos, aqueles a quem posso recorrer no fim do dia, a qualquer hora, os que dividem comigo o peso dessa vida, não quero mais me entristecer pelo o que não tenho, pelo que me falta, sei que amanhã o sol vai aparecer, vou desejar me contagiar com o seu calor, a cor amarelo que tanto gosto, aí sim vou seguir meu rumo, te deixar pra trás, que você fique no meu passado e não possa mais sair de lá.

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