Outubro

As sensações que o dia 18.10 me proporcionaram ainda não passaram, de canções ouvidas repetidas vezes no meu PC, cantaroladas por mim diversas vezes, sem muitos dos meus amigos se quer conhecerem os versos com que tanto me identifico.
Era a primeira vez que a banda Nenhum de Nós pisava em solo piauiense, pra realizar o show dos meus sonhos, que vinha aguardando desde 2001 quando ouvi pela primeira vez uma de suas canções num carro de som, e chamou muito minha atenção, nessa cidade não é comum escutar esse tipo de música num volume tão alto.
Se há uns seis meses atrás me dissessem que eu estaria num show deles, na frente do palco, que o Thedy Corrêa seguraria minha mão, enquanto cantava Julho de 83, eu provavelmente, iria rir na cara dessa pessoa.
Passei quinze dias sem escrever nada, quer dizer nada que realmente conseguissem expressar o que venho sentido nas ultimas semanas, cheguei ao ponto de pensar que não poderia mais escrever, minha inspiração estava bloqueada, mas naquela noite absorvi uma carga de coisas, pensamentos, impressões, senti tanta falta de papel e caneta, eu teria despejado tudo ali, no meu estilo “não interrompa, gênio trabalhando”.
Eu consegui guardar todas minhas emoções, coisa que raramente faço, quando cheguei em casa ainda em êxtase, parei pra pensar na minha vida, tirei importantes conclusões. Acho que estou curada dos males, já consigo ser eu de novo, depois de tanto tempo, ser aquela garota que não sente nada por ninguém, e isso não é ser vazia, é apenas não ter motivos pra sofrer.
Já saio de casa sem ter aquela vontade louca de esbarrar com você na primeira esquina em que eu atravessar, não busco mais encontrar qualquer pequena semelhança sua em outros homens, mas confesso que durante um bom tempo, eu fazia isso inutilmente, talvez essa seja a razão de ter me fechado, ignorado outras pessoas pelo simples fato de nenhuma delas ser você, marcar no calendário a quantidade de dias em que senti saudade, hoje já nem sinto, um pensamento tolo que eu descartei da minha memória, esse capítulo eu encerrei sem perceber.




P.S: “Amanhã ou depois, tanto faz se depois for nunca mais... nunca mais”. (Thedy Corrêa)

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