Memórias

Fazia tanto tempo que eu não punha meus pés no quintal de casa, hoje me deu uma vontade tão grande, como uma sede insaciável, bateu a nostalgia que vem me visitar quando o ócio me corrompe, dos bons tempos de se sujar na areia, andar descalço, cair de bicicleta, dos jogos de vôlei com as meninas, das briguinhas sobre quem tinha o melhor time, o melhor calçado, o melhor vestido pra usar no dia domingo, mulheres não importa a idade que elas tenham, sempre vão querer competir uma com a outra, no nosso caso era uma disputa saudável, a gente se amava só pelo simples fato de estar ali crescendo juntas, carrego no peito a amizade delas mesmo que estejamos separadas geograficamente, isso é um detalhe.
O pé de acerola que plantei com o meu pai, foi aí que descobri a minha alergia a essa tipo de planta, lembrei disso hoje, porque mesmo sendo bem grandinha a mãe ainda me pede que eu mantenha distancia dele, deu poucos frutos uma ou duas vezes não sei ao certo, mas ele ainda está lá no quintal, diria que ele é um símbolo da cumplicidade que eu tinha com meu pai, me perguntei porque ele nunca morrera, talvez na natureza não exista cronologia, esse negócio de medir o tempo vive-se e pronto.

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