A carta que eu não mando

Foi um tempo bom, uma amizade prematura, já com prazo de validade – poucas semanas, as coisas mudam e hoje já consigo me lembrar de tudo com serenidade, aquele amor, paixão, gostar, seja lá o que tenha sido, se transformou, estou tentando transferir esse sentimento pras minhas coisas, pra família, pros amigos, porque no fim das contas são eles que ficam, haja o que houver. Hoje o dia começou errado, sentei no banco da parada e inconscientemente as lembranças começaram a pairar.
A simples espera de um ônibus que me fazia feliz, só pelo fato de tê-lo uns minutos do meu lado, somente eu e ele, das conversas despretensiosas, do meu riso fácil, já me contentava com tão pouco, do chamado pra que eu o fizesse companhia. Acho que ele me achava legal, quero acreditar que era assim como me considerava, mas o tempo passou, deixamos de nos falar, não sei por qual motivo, mesmo sem nenhum tipo de contato, eu ainda o via como meu amigo, estou respeitando o silêncio imposto.
Enquanto isso, eu decidi me isolar numa “nuvem” pra não sentir nada, pra esquecer o que me fazia mal, essa fase de isolamento fez com que eu percebesse que não preciso esquecer, só deixar de lado as coisas ruins e guardar apenas os dias bons , quando eu o olhava nos olhos e me fazia tanto bem , de me tremer por estar ali na sua presença. Sinto sua falta, não do meu amor, mas do MEU AMIGO, com a tua ausência não me acostumei, quem sabe um dia possamos recuperar a amizade perdida – é o meu desejo.

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