Escrevo pra lembrar de ti dentro de mim.

Se eu não escrevesse o que sinto uma hora dessas já estaria em outro lugar, só não queiram imaginar onde. A terapia se faz em milhares de linhas, intermináveis folhas de papel, pra no futuro, quando a memória falhar, eu possa, você também, dizer que a nossa história foi “bonita” pelo menos nos versos.

Parei de lamentar, de reclamar do destino e por a culpa em tudo. A gente foi só de passagem um pro outro, nem íamos durar tanto assim, fomos uma espécie curiosa de estágio pra termos uma relação melhor com outras pessoas, erramos e aprendemos com esses erros eu espero. É chegada a hora em que eu paro de fugir das pessoas, de tocar a vida em frente, por medo de deixar você no passado, sem se dar conta que faz um bom tempo que você entrou nele e nunca mais saiu. Não quero mais fugir de ser de alguém.

Arranjei traumas pra repelir as possibilidades de voltar a ser feliz, porque eu achava que felicidade só tinha significado com você do meu lado. E todo dia a ficha cai, não é bem assim. Estou me acostumando a andar sozinha, sem ficar pensando que enquanto caminho eu podia segurar a tua mão. Danço, canto e já nem choro mais com as canções de amor, me encarreguei de me tratar do vicio de gastar horas e horas do meu dia pensando em você.

Toda teoria tem suas falhas, todo viciado está sujeito a crises, ando a quilômetros de ser uma exceção, em dias raros lá estou eu tropeçando e me agarrando com todas as forças nas poucas coisas que me restaram pra lembrar.

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