Julian III

Assassinaram meu gato e não posso fazer nada a respeito, as pessoas que fizeram isso são feitos de maldade e falta de amor no coração, uma voadora na cara seria o mínimo dos castigos.
Na tentativa de me fazer acreditar que ele estava apenas perdido, sem saber voltar pra casa, sonhei com ele, que eu despertava e ele estava ali sereno e bem alimentado, carente dos meus carinhos, de quando eu o olhava e dizia a todos o quanto ele era bonito, um malandrinho, mordia meus pés, era um atrativo especial pra ele, eu saia correndo pela casa pra fugir das carinhosas mordidas, de quando sentia saudade dormia em cimas dos calçados.
Quem vai correr atrás de mim?
Quem vai pedir um pouco de meu almoço?
Quem vai ficar miando toda vez em que eu sair?
Quem vai me despertar todas as manhãs com mordidas?
Quem vai ouvir Strokes comigo e ficar me olhando como se eu fosse o máximo?
Ninguém vai trazê-lo de volta, mas as lembranças dele – ninguém vai matar.

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