Mas afinal o que é felicidade?
A interrogação do titulo acima,
não reflete só mais uma das perguntas que jamais terão repostas, é também, uma das
grandes questões da humanidade. Venho desde criança perseguindo a famigerada
felicidade, antes pensava que ela estaria brincando de pique esconde, pra
ninguém nunca achar, fui crescendo e ela só se tornou mais uma figura alegórica no
meu imaginário, será que dá pra ser feliz?
Peguei muito cedo o hábito de
registrar através da escrita certas angustias da minha breve vida – oito anos, em
um diário com formato de coração, e a figura dos ilustres bananas de pijama, eu
já quebrava a minha cabeça tentando desvendar um futuro não muito distante, mas
que acabaria no ano 2000 quando o planeta acabaria numa explosão gigantesca,
ansiar por aquele fato me alegrava, me dava um certo conforto. Morrer jovem me
pouparia de muita frustração adiante, 12 anos seria tempo suficiente pra viver
o que me era de direito.
Lembro bem de ter rabiscado uma lista de três itens de coisas a fazer antes do mundo se resumir a pó, obviamente ter ido ao show de Sandy e Júnior era o único check que já me arrancava um sorriso de orelha a orelha. Ter atravessado o ano 2000 sã e salva foi difícil no começo, eu não estava preparada a refazer a lista pros anos que estariam por vir, foi isso que fiz durante todo esse tempo, escapar de planejamentos que me forçassem a perseguir qualquer coisa que não estivesse ao alcance de minhas mãos, um coquetel de preguiça e medo.
Lembro bem de ter rabiscado uma lista de três itens de coisas a fazer antes do mundo se resumir a pó, obviamente ter ido ao show de Sandy e Júnior era o único check que já me arrancava um sorriso de orelha a orelha. Ter atravessado o ano 2000 sã e salva foi difícil no começo, eu não estava preparada a refazer a lista pros anos que estariam por vir, foi isso que fiz durante todo esse tempo, escapar de planejamentos que me forçassem a perseguir qualquer coisa que não estivesse ao alcance de minhas mãos, um coquetel de preguiça e medo.
Tenho atravessado uma temporada
de reorganização, é cansativo, pesaroso, comprovar a falta que me fez ter
traçado estratégias básicas, pra que eu não me sentisse tão perdida... fui navegando pelo mundo com meu barquinho de papel, a vida foi me empurrando pros lugares onde
eu não sabia ir sozinha, pela minha própria vontade, o modo aleatório de viver
me intoxicou feito uma tragada de crack.
As alternativas são
interessantes: conversas, conselhos, medicina, religião. O desafiar maior é
mudar as chorumelas produzidas na minha cabeça, o poder está em mim em não permitir
que os pensamentos me arremessem em queda livre, ou me forcem a tomar atitudes
que só hão de me deixar pior, se tivesse que eleger um sonho de consumo muito
provavelmente não seria permanecer em constante estado de “felicidade”, só
gostaria de jamais ver minhas esperanças sendo abaladas pelo sugestivo
negativismo, queria somente ser “positive vibrations” para todo o sempre.
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