Eu amaria cada ruga do teu rosto com feições americanizadas,
adotaria teu nome estranho como meu, e o exibiria por aí sem vergonha com o
maior orgulho do mundo, porque ele é teu.
Eu não sou a pessoa que se cala, eu não sou pessoa que espera o tempo resolver, engano somente a mim por tentar ser assim todos os dias. Você sabe que eu enfrento, nem que isso custe metade da minha carne, vivo com um nó na garganta desde aquele dia, não que você se importe em saber... Fui cristalizando tuas falas: "Nem tudo precisa ser resolvido." "Nem todas as decisões precisam ser tomadas." "Dê tempo ao tempo." Fiquei até hoje me segurando com esses argumentos.
Eu tenho tanto pra dizer Mas prefiro o silêncio Eu quero tudo pra antes de ontem Mas eu continuo preservando a falta de habilidade pra pedir Eu tenho tanto medo de ser passional Que ao primeiro sinal me afasto Talvez eu tenha perdido um pouco do brilho Da coragem que um dia já tive Tu me desperta um desconforto em ser do jeito que eu sou Que ainda não sou a melhor versão de mim Cada palavra sua a esse respeito É uma sementinha de dúvida que cresce na minha cabeça Os ponteiros do relógio que registram nossa história não se ajustam Quando se trata de nós Eu correndo Você parado Eu parada Você correndo Nesse dia o relógio girou no sentido anti horário Pro azar de todos
Tudo que nasce com sol em Leão É passível de incompreensão Ainda é dia 8 Me falta alguns dias de inferno astral pra passar Mas você sempre vem com seu rolo compressor de teorias que não se aplicam E eu engulo a seco Tenho preguiça da réplica e tréplica Tu quer acordar meus traumas Pra eu ter que lidar com eles de novo Recordar é sofrer em dobro Uma coisa em mim morreu Mas eu tenho dificuldade em reconhecer Suicídio, assassinato, crime culposo, use o termo que quiser A culpa mora em nós Nem mais sua e nem menos minha Se a gente segue Em teoria ou na prática Acho que nem eu quero mais saber.
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