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Enquanto contemplo solidões em uma praça de alimentação plena terça feira, olhando pros lados, identificando rostos familiares, eu espero ver o teu, que por dentro tenha uma vozinha dizendo que dificilmente eu aguente sobreviver a tua aparição, seria Deus tendo piedade de mim? Espero que sim, toda e qualquer colher de chá é muito bem vinda nos últimos tempos, tempo esse em que tu se transformou numa espécie curiosa de lenda, muitos já ouviram a história que tu protagonizou, mas ninguém jamais te viu. Já contei dois rostos conhecidos, nenhum parecia o teu, porque eu não posso te ver? Meus olhos precisam comprovar que tu ainda é vivo, e que continua respirando sem mim.
Não que eu precise de você pra me manter de pé, habitando esse mundo, quem sabe te ver me “acalmaria” eu mal consigo dar dois passos pra qualquer direção que seja, estou farta de pedir a todos os seres e energias que corroborem.
Na verdade nunca entendi direito a dinâmica da vida, de retirar de cena quem a gente queria que ficasse mais e sempre, não quero mesmo entender, que os meus mentores me perdoem, não facilito o trabalho deles, eu bem sei.
Por incrível que possa parecer, eu fui feliz do seu lado, mesmo que me segurando na corda bamba, das inseguranças, insisto em lembrar de tudo, por ter permitido que tu me fizesse bem ali, pra depois me retribuir com maldade, assim havia de ser, ter planejado um futuro contigo, foi o pior dos meus erros.


Ouvir: Lado Ruim - Vivendo do Ócio.

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