Termômetro

Agora eu tenho um termômetro em mim, dois polos de uma inconstância e dela é que vem meus surtos ultimamente. Dois extremos de uma estranheza que nem eu mesma havia vivenciado, no achismo de já ter passado por tantas coisas, experiencias diferentes, mas isso, isso nunca, a bagagem dos vinte e poucos anos começa a pesar.
O passado e o futuro se encontrando nesse presente confuso. Já se foram quase dois anos desse ama e desama sem sentido, que só trouxe a mim cabelos brancos, noites sem sono, uma saudade eterna que presença nenhuma cura. Aí um futuro melhor vislumbra, uma opção nova, um atalho pro bom futuro, que nem o ônibus que vez ou outra passa por mim quando estou andando pelo centro da cidade.
O futuro tem cara de boa gente, sempre com alguma melodia ao fundo, mesmo que nenhuma música esteja tocando enquanto ele passa, e eu rio, não é aquele riso de propaganda de creme dental dos intervalos de novela, é riso que vem de fora pra dentro, que gargalha dentro de si sem a necessidade que todos vejam, momento feito pra se guardar, pra lembrar depois e ir gastando aos poucos, eternizando a sensação de tão boa.
Como febre que dá e passa, a minha tem dois tipos, com nome e sobrenome, mas o poder de escolha no momento eu não tenho, não sei porque pra mim questão de sentimento se transformou em patologia, que profissional com graduação, residência, mestrado, podem prescrever um parecer sobre meu caso. Um luta que vou ter que travar sozinha, eu sou meu médico e eu que ache minha cura.

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