Da atualFase

Tem dias que o viver não faz parte do cotidiano das férias em que me encontro. Na maioria das vezes estou avoada, alheia ao que está ao meu redor. Um anestesiamento de tudo, indolor, intacto, nada vai acontecer e nem irá.

Apagaram tudo da minha cabeça, não me lembro de nada... esqueço até do cardápio das refeições, não dou mais recados a ninguém, porque o estado de Alzheimer não me permite tal capricho, alguma coisa ficar registrada na minha memória se torna motivo pra fogos, reconhecimento de um milagre, escolha um santo, porque até a minha fé tem falhado, não gosto nem de contar quantos anos fazem que não ponho meus pés numa igreja.

Agora que o meu coração se aquietou, me trouxe essa falta de alguma coisa pra acreditar, um objetivo pra buscar, um tempo incalculável de preguiça acumulada. Mamãe às vezes pede que eu saia de casa, passeie por aí, passear por aí como ela mesma diz. É só uma fase de antisocialidade, concluo pra que ela se acalme.

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